Entrevista a Rafael Correia

O atleta tem-se destacado nas barreiras curtas e quisemos saber o que espera num futuro próximo.

Atleta, estudante universitário e treinador na estrutura do clube, tem sido um grande valor da equipa masculina e um elemento importante na orientação dos nossos atletas no setor de formação.

No JV desde 2018, proveniente do Sporting CP, Rafael Correia tem-se destacado nas barreiras curtas e quisemos saber como tem sido a época até ao momento e o que espera num futuro próximo.

 

- A época de inverno foi dentro das tuas expectativas?

R: Foi e não foi. Esta época de inverno foi aquela em que consegui começar logo a correr com marcas abaixo do 8s30 o que dava perspetivas que poderia voltar a correr perto da marca de recorde pessoal ou poder mesmo fazer melhor. Tal não chegou a acontecer apesar de todas as sensações que tinha sempre que competia e durante os treinos fosse essa, por isso foi uma época de inverno um pouco agridoce.

- Como tem sido a tua preparação para a época de verão?

R: Bem, época de verão neste momento é algo muito incerto porque toda a situação que vivemos nesta altura por causa do COVID-19 torna toda a preparação mais difícil e com muitas incertezas no horizonte uma vez que não sabemos se vai ou não existir competições no verão. Mas tento ao máximo continuar a preparar-me para o que aí vier em conjunto com a minha treinadora.

- O que te motiva neste momento para continuares a trabalhar?

R: Motivação neste momento é algo complicado de se conseguir, mas a possibilidade de existir competições daqui a uns meses é uma das motivações para continuar os treinos. Contudo a principal motivação é a minha namorada, que é a pessoa que me vai acompanhando e que mesmo nos dias em que tenho menos vontade de treinar me ajuda a cumprir o planeado.

- Como te esperas encontrar no final deste período tão conturbado?

R: Esta uma questão difícil, acho que nenhum de nós sabe ao certo como vai estar quando conseguirmos voltar com a nossa vida à rotina normal. Espero conseguir estar o melhor possível tanto física como psicologicamente, mas tudo depende de quanto tempo irá a situação atual durar, já que é algo que nunca tínhamos experienciado.

- Recentemente, tiveste uma mudança na tua vida desportiva, como tem sido a adaptação?

R: No final da época de inverno tomei a decisão de mudar de treinador. O Rui Norte, o meu antigo treinador, foi quem me acompanhou desde que entrei para o Atletismo, em 2010, e foi com ele que aprendi o que sei hoje em dia tanto como atleta como treinador. Desde que me mudei para Leiria, em 2017, que os treinos eram à distância e raramente tinha a oportunidade de poder ter o Rui num treino comigo uma vez que eu estava em Leiria e ele em Lisboa.

As coisas resultavam porque quando ainda treinava nas Caldas da Rainha aprendi a ter de treinar sem ele algumas vezes e sempre que ele estava connosco ele fazia questão que nós soubéssemos exatamente qual o objetivo de cada exercício e como o fazer corretamente, o que nos possibilitava uma grande autonomia. Mas como tudo às vezes temos de mudar e chegou a altura em que precisava de ter maior acompanhamento técnico e a Daniela Ferreira pareceu me ser a pessoa certa pelas suas qualidades como treinadora e já ter um grupo de treino com barreiristas.

Até agora é difícil avaliar a adaptação uma vez que estamos a treinar juntos apenas desde o início de Março e toda esta situação atual acabou por dificultar essa adaptação, mas estamos com boas expectativas por isso resta esperarem pelas próximas competições para verem o resultado.

 

Um agradecimento ao Rafael pela disponibilidade e votos de uma boa época desportiva!



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